Tactear o transitório. Ser fulguração. Sentir o esgar da revolta, da ironia, do espanto...

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_____________________________________________________________________________I estou a tentar
________________________________________________________________________I
____________________________________________________________________________I arrastar
____________________________________________________________________I
____________________________________________________________________________________I os sonhos
____________________________________________________________________________I e

____________________________________________________________________________________I as feridas
______________________________________________________________I
______________________________________________________________________I para
_________________________________________________________________________________I aquele sítio
___________________________________________________________________________I escuro
_____________________________________________________________________I
________________________________________________________________________________________________I
ali

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29 Janeiro 2007

7 comentários:

St. J. said...

Eu talvez fizesse ao contrário. Dava ar e sol aos sonhos e expedia as feridas dentro de um baú pelo barco que fosse para mais longe...

Abre asas e voa... porque sabes fazê-lo melhor que todos! Tens um Mundo em Ti!

;)

J.

Abssinto said...

Às vezes tem que ser

e...

também vou fazer isso.



Beijo

Ricardo said...

eles sempre caem naquele canto... e eu sempre mergulho pra ver do que tinha medo e de vez em quando, era pra ter medo mesmo.

Anonymous said...

é o que faço, mas quando o escuro sou eu. nao sei onde pô-las.

*

intruso said...

para fora da tela, do ecran???... ali?

;)
bjs

(este post é daqueles...
únicos...
brilhante.)



p.s.
...arrasta as feridas para longe, mesmo que doam.
...e deixa os sonhos por perto,
mesmo que invisíveis.
...

Maria Strüder said...

E porque não gostar da dor, e porque não domesticar algo que à partida está lá achamos que é mau mas que pode ser educado.

Letras de Babel said...

assim faria, st. j., se os sonhos não fossem a causa das feridas, e não se transformassem eles em pesadelos que tornassem o voo uma atitude contraproducente.

disse, há muitos posts atrás, que tinha firmado a vida ao chão....

...e a coisa vai criando raízes.

não é um quadro mau de se ver, acredita, nem um mundo mau de se ter.
o que é possível tem a beleza de o ser.

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junta bem tudo, abssinto, e desde que não percas a memória de ti, pode bem ser um sonho livrares-te dele.

é que não nos iludamos: os sonhos ou não se concretizam de todo ou se materializam numa outra coisa qualquer muito distante do sonhado.

"mais vale nada, nunca mais querer..."

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também é uma grande questão, ricardo: se caiem num canto (escuro), terão sido sonhos?

ou tê-lo-ão sido mas a vida à volta, por mais volta que se lhe dê, acaba sempre por escurecer?

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tocaste-me numa daquelas feridas, cereja...

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na tela não fazem mal, intruso. na tela até parecem ser bonitos. na tela até não sabe mal lamber as feridas.

não. é mesmo para ali...longe de mim.

e quero tanto que isso não seja mais um sonho...

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também passa muito por isso, maria: educar a dor.

não creio dar para professora, mas dentro da minha eterna indisciplina infantil há uma férrea disciplina sempre latente.

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beijos
e muitos
a todos


pode-se ser suave e doce sem o empecilho da fantasia...

:)


(e conservar o humor e o amor.)

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