Tactear o transitório. Ser fulguração. Sentir o esgar da revolta, da ironia, do espanto...

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O que gosto, o que me apaixona
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- Os meus filhos ( para o que vim e para onde vou; a minha eternidade )
- Música ( volume máximo )
- Literatura ( biografias, ensaio e poesia )
- Escultura ( os renascentistas )
- Pintura ( os impressionistas )
- Mar ( revolto )
- Mitologia
- Política ( no jogo e nas causas )
- A noite ( escura, densa, cúmplice )
- Filosofia ( pelo recriar da criação: o pensamento )
- O sonho ( Il vaux mieux rêver sa vie que la vivre, encore que la vivre se soit encore la rêver )
- A memória de tudo
- Adormecer ( sentindo )
- O cheiro dos livros
- Cinema
- Humor
- Missionários ( os heróis que me restam )
- E eu, num lugar incerto ( num vórtice ou na ansiada solidão )
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22 Fevereiro 2005

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Reflectir ( ainda é preciso?)
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Tinha de ser. Eu tinha de começar isto logo em altura de reflexão eleitoral (seja lá isso o que for...), o que é o mesmo que dizer que, se não começo com sangue, pelo menos começo com espuma nos lábios...com a espuma de revolta daquela canção do Sérgio Godinho de quando se era menos marionete... " Quando o pão que comes sabe a merda, o que faz falta?..."
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19 Fevereiro 2005

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If you only want it...
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As coisas podiam começar hoje, aqui, com o perfume das palavras.
Depois podia vir a música delas.
Depois podias vir tu.
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19 Fevereiro 2005

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Também tenho
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Na vida todos têm uma paixão.
Livros. Estantes deles que traçam relãmpagos de extâses na alma dos seus apaixonados.

Mar. Sobretudo com luar. Há uma verdadeira seita de apaixonados pelo mar. Que se deixam docemente tragar por ele.

Flores. Nas jarras, no campo, em vasos que enfeitam a vida de paixão perfumada.

Colecções. De selos, moedas, isqueiros, ferraris. Confesso ter tido sempre uma disfarçada inveja dos apaixonados por colecções.

Música. Ah, deixar-se alguém levar pela paixão que a lira desperta!

Quadros. Há quem tenha uma paixão por um quadro ao ponto de firmar por escrito ser seu último desejo querer levá-lo consigo no caixão. Eternamente juntos. Se isto não é paixão...

No meu caso é um homem.
Acontece.
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19 Fevereiro 2005

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Até parece que não tenho mais nada que me rale
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Estes repentes aparecem-me assim. Ou sou eu que apareço a eles. O que é mais ou menos o mesmo mas ao contrário, sem eu perceber quem mais lucra, ludicamente, com o facto de acontecer uma ou outra coisa. Parecendo que não, esta linha de pensamento (?) aplica-se a quase tudo. Lá está. O Quase. Mas isso fica para outra altura. E porque é que tão inusitado fenómeno me aconteceu agora? É que isto acarreta uma carga de disciplina que eu...sei lá, só ter escrito esta palavra me arrepiou.Talvez queira encontrar um bocado mais de fé em mim. Não da outra fé. Essa não existe. Corrigindo: existe, mas tem outro nome. Ou o nome é que a tem a ela.
Estou cansada. Há pequenas coisas que cansam como se fossem grandes. Nem eu aguentava tanto se não fosse a esfera absíntica alojada no hemisfério direito do meu cérebro (sabem...aquela parte do cérebro onde não se alojam as funcões nobres do dito cujo?...( um parêntesis dentro do outro para pensar nas analogias cérebro-política, esquerda-direita...vocês pensam que estas coisas, tipo palavras, nascem assim sem mais nem menos, sem um alvo?)
E agora, onde é que eu ia? Ah, pois! Estava cansada. E não posso deixar de dizer que assim continuo. Sob risco de me apanharem em contradição logo no primeiro dia.
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19 Fevereiro 2005

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