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Buenos Aires - A cidade dos livros
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Umberto Eco encontrou a inspiração para escrever O Nome da Rosa a partir duns manuscritos dum monge beneditino alemão que narrava uma perturbante aventura vivida na abadia por volta de 1327, encontrados quando vasculhava nas bancas dum pequeno alfarrabista em Corrientes.
Um alfarrabista, em Lavalle, desencantou debaixo dum amontoado de livros envoltos em poeira, um volume que o livreiro avaliou por cem pesos. Depois de regatear um pouco, o comprador paga oitenta e sai radiante. Algum tempo depois soube-se que um exemplar da Bíblia de Gutenberg tinha sido encontrado em Buenos Aires e, posteriormente, vendida ao Museu Britânico por dez mil libras.
Entre a realidade e a ficção, na rica história das livrarias de Buenos Aires, abundam histórias como estas que ajudam a construir o mito de uma cidade apaixonada por livros. E onde o primeiro livreiro terá sido, como o seu nome parece indicar com reduzida margem de erro, um português chamado Joaquim da Silva e Aguiar que estabeleceu, por volta de 1776, o primeiro comércio de livros da cidade, como traçou Domingo Buonocore na genealogia das bibliotecas de Buenos Aires.
(Pequeninos excertos dum extenso artigo de João Ventura, na revista Atlântica, para quem se interessar por estes assuntos, ou para quem continua a pensar que a Europa é o mundo do saber e o resto apenas o mundo para ver.)
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21 Maio 2006
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