Tactear o transitório. Ser fulguração. Sentir o esgar da revolta, da ironia, do espanto...

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Lembram-se deste cromo?
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Tinham começado, na Assembleia da República, os debates sobre o aborto em Portugal. E existiam lá mulheres fabulosas como Natália Correia que, depois da intervenção de João Morgado contra o mesmo (dizendo que o acto sexual só servia para a procriação), soltou a poesia e o sarcasmo, quase de imediato.
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"O Acto Sexual É Para Fazer Filhos" - disse ele
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Já que o coito
- diz Morgado -
tem como fim cristalino,
preciso e imaculado
fazer menina ou menino;
e cada vez que o varão
sexual petisco manduca,
temos na procriação
prova de que houve truca-truca.
Sendo pai só de um rebento,
lógica é a conclusão
de que o viril instrumento
só usou - parca ração! -
uma vez. E se a função
faz o orgão - diz o ditado -
consumada essa excepção,
ficou capado o Morgado.

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Um poema de Natália Correia
a João Morgado, deputado do CDS/PP
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E ainda, esta resposta da actriz Maria Carpinteiro numa entrevista ao Pão com Manteiga (Julho/1982)

PcM - Qual o político que mais a excita, como homem?
MC - O João Morgado deve ser uma coisa...! Eu nunca o vi ao pé, porque se um dia o vir ao pé...É só uma vez, mas vai ser lindo!
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06 Agosto 2006

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