.
.
.
.
.
.
.
Não falo de Frederico Garcia Lorca
.
.
Não, não falo de Frederico Garcia Lorca
esse poeta andaluz feito maldito
pela injustiça dos monstros.
Falo de Mário Henrique Leiria:
poeta de corpo inteiro desaparecido
do convívio dos vivos. Em 1980.
Não, não falo de Frederico Garcia Lorca:
herói-martir de uma guerra sem estandartes.
Falo de Mário Henrique Leiria:
bandeira negra hasteada há muito
pela nossa vergonha.
Não, não falo de Frederico Garcia Lorca:
grito calado pelos fuzis numa manhã incerta
e cruel. Com nevoeiro. Muito nevoeiro.
Falo de Mário Henrique Leiria
esse poeta português que morreu de fome
nas ruas de Lisboa. Em 1980.
_
António Pires Vicente
_
(uma página sobre MHL aqui, imperdível.)
esse poeta andaluz feito maldito
pela injustiça dos monstros.
Falo de Mário Henrique Leiria:
poeta de corpo inteiro desaparecido
do convívio dos vivos. Em 1980.
Não, não falo de Frederico Garcia Lorca:
herói-martir de uma guerra sem estandartes.
Falo de Mário Henrique Leiria:
bandeira negra hasteada há muito
pela nossa vergonha.
Não, não falo de Frederico Garcia Lorca:
grito calado pelos fuzis numa manhã incerta
e cruel. Com nevoeiro. Muito nevoeiro.
Falo de Mário Henrique Leiria
esse poeta português que morreu de fome
nas ruas de Lisboa. Em 1980.
_
António Pires Vicente
_
(uma página sobre MHL aqui, imperdível.)
_
31 Julho 2006
2 comentários:
ena...! obrigado :|
MHL, que tinha aprendido tremendas lições de dignidade do seu gato Benevides...
(tal como Agostinho da Silva dos seus. esse senhor com quem tenho a honra de partilhar a data de aniversário e um certo olhar)
Post a Comment