Tactear o transitório. Ser fulguração. Sentir o esgar da revolta, da ironia, do espanto...

.
.
.
.
.
.
.
Descaminhos
.
.

.

Vou-lhe explicar uma coisa - o que é triste é morrermos da morte de um outro. Quer dizer: cada qual tem a sua própria morte, única e exclusiva como a vida. Esse é o momento final que nos está destinado. Mas, às vezes, uma outra morte, por engano, cruza connosco.
Assim é que é triste morrer.

Mia Couto - Vinte e zinco
_
13 Julho 2006

2 comentários:

manu said...

ele disse mesmo "cruza connosco" ou "cruza-se connosco"?
sempre a inovar, o Mia.

Letras de Babel said...

transcrevi à letra, manu. eu nunca conseguiria inovar assim...

My Blog List