Tactear o transitório. Ser fulguração. Sentir o esgar da revolta, da ironia, do espanto...

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O Dia para todos os dias
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Dei por mim a bater palmas (e nem me lembro há quantos anos eu não batia palmas...) e a cantarolar "O Balão do João" enquanto fazia um ou outro sinal de alinhamento (eu queria-os todos bonitos por fora como estavam por dentro...) enquanto dezenas de balões eram lançados no ar e o meu pequenino se iniciava muito a sério no palco, com outras vinte e tal crianças, em representação do Grupo Coral da Junta de Freguesia (improvisado à pressa, há dois meses, e em que todos tivemos de cooperar), no espectáculo das festividades do Dia Mundial da Criança cá do burgo, no Largo da Câmara apinhado de gente de todas as idades.
Estavam todos algo nervosos, tímidos e muito felizes. Mãos apertadas uma contra a outra, rostos sérios, brilho nos olhos. Como em qualquer outro grande momento da vida deles.
E pensei que a isto se dá o nome de fé nalguma coisa, que a isto se chama alma.
Que nos deve manter por cá. E, sobretudo, a lutar para que
isto acabe.
O resto, como diria uma amiga minha e eu subscrevo, é cagativo.

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01 Junho 2006

3 comentários:

Anonymous said...

"...a lutar para que isto não acabe."
Penso eu de que, corrija se fizer o favor...

Letras de Babel said...

ric,
na palavra "aqui", que está noutra côr, é para se clicar que se vai dar a outro sítio (e assim é em todos os posts)..neste caso para uma foto. clica lá e verás que não me enganei...
beijinho

Anonymous said...

sorry shame on me....principiante...lol

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